quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Tentativa arriscada.

Quando uma pessoa acha que tudo está acabado, que não há nada que possa tirá-la do fundo do poço e aparece alguém, inesperado, que a faz rir e mesmo não querendo acaba ajudando. É bom e confuso. Esse alguém necessitado de ajuda, de apoio, está mais confuso do que nunca, seus sentimentos estão misturados, há uma dor estranha em seu peito, que ainda a faz chorar. E tem medo, muito medo, de tudo acontecer como no passado, aquele passado que ainda a assombra, que tudo seja lindo. No começo. E que depois venha a dor insuportavelmente resistente. Ela tem medo que isso se torne um ciclo sem fim. Alegria, beijos e abraços e depois lágrimas, abraços apertados em si mesma e o buraco no peito. Tem medo que esse novo alguém, esse novo apoio, faça como o anterior, prometa-lhe amor, diga-lhe lindas coisas e quando mais precisar delas, ele diga que não pode mais dá-las.
Há esse medo e uma vontade irresistível de tentar ser feliz de novo. De poder rir sem problemas, de poder brincar, de ter alguém pra ligar quando estiver mal, ter alguém para abraçá-la nas horas difíceis e nas horas boas. Alguém pra quem comprar um lindo presente, ou apenas pra dizer eu amo você.

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