quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Tempo!

Tanta coisa acumulada em uma só mente, em um só coração. Eles são tão humanos como o resto, pelo menos eu acredito que sejam. Existe em cada um deles um bicho, ou melhor, um verme. Mas imagine ele como um leão, mas chamado indecisão. Imagine que ele fira, que ele consiga rasgar tudo, tanto com os dentes como com as garras. Imagine ele grande, como um leão selvagem e bem alimentado. Agora imagine esses leões brigando. Imagine o cenário dessa luta, talvez uma jaula, pequena, mas não tão forte como o aço que segura os leões reais e não tão fraca como aqueles papelões que transportam pássaros. E imagine, ao menos tente imaginar, como esse cenário fica depois de uma luta de dois animais tão grandes e ferozes, que cessam a briga por cansaço, e não porque há um vencedor. Imagine que eles vão voltar a se enfrentar, e enquanto isso não acontece cada um fica no seu espaço. Um na mente e um no coração. Aquele que está na mente se alimenta de verdades, de vontades racionais e desejos intensos. E aquele do coração se alimenta de amor, apenas. Mas isso não é o suficiente para derrubá-lo, por mais que o amor seja irracional, incorreto e confuso, ele é forte e verdadeiro.
E é por isso que esse animal está vivo e acabando com o seu cenário de combate. E é por isso que ele se chama indecisão. E há mais um animal nessa história toda, que ainda não conseguiu seu espaço mas continua vivo. A esperança. Ela tem o tamanho de uma formiga, mas uma vontade intensa e verdadeira do mesmo tamanho que o leão, de que essa luta acabe, pra finalmente poder achar o teu lugar e descansar em paz depois de tanto tempo esperando.
Mas o que irá acabar com essa luta será o tempo, que ou vai arrumar um outro lugar para o leão que alimenta-se de amor, ou o amor vai ficar fraco, depois de tanto tempo guardado.

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