terça-feira, 28 de setembro de 2010

sanidade não há ...

ela tinha certeza que aquele caso seria igual aquelas "paixonites" de adolescente, onde é tudo tão forte, tão avassalador, que tira a consciência, a razão, a vontade de viver se não ao lado dele ou dela. tinha tanta certeza que seria assim que nem se preocupou com o que aconteceria depois, viveu o momento e o depois ela deixou por conta da futuro, seria ele o responsável pelo desfecho daquela história. mas ela não contava com um futuro traiçoeiro, um futuro que fez como ela, está deixando para o futuro, se esquecendo que esse papel é dele. está prolongando, deixando o desfecho mais incerto a cada momento, a cada palavra, a cada ação, a cada pedido, fazendo-a se apaixonar cada vez mais pelo rapaz que se faz de bom moço, com palavras cativantes, com gestos bonitos e jeito romântico. esse futuro traidor que está querendo mudar o fim que ela queria para está história, ela já sugeriu para o futuro: que tal um fim sem maiores danos? mas não, ele está insistindo que tem que ser assim, do jeito dele, e ela a cada dia com mais sentimentos misturados. medo de se ferir, medo de tudo acabar, medo de não acabar, medo das lágrimas que viram, medo da falta que sente e que vai sentir. seria tão mais fácil ela por um ponto final nessa história, mas ela ainda não achou a coragem de arriscar ao inverso. hoje ela ainda arrisca sua sanidade, seu coração, seu corpo e arrisco até a dizer que a tua alma também está em jogo. e tem medo de parar de arriscar tudo isso, e perdê-lo. e com isso já tenho certeza que ela já perdeu uma de suas coisas, a sanidade. ela continua se perguntando, enquanto eu escrevo, como é possível gostar tanto de uma pessoa ao ponto de perder-se para ela, por ela, com ela ...

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