terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Procuro em todas as conversas algo que dê a entender que você sente minha falta, é meio loucura, é obsessão, e talvez seja exatamente por isso que eu nunca consegui desistir, por ter colocado você à uma altura praticamente inalcançável e, sem querer, em um lugar que eu nunca iria conseguir preencher, que tudo foi se tornando mais massante. Não sei como eu meio que me perdi e quando achei que estava no caminho certo percebi que uma parte minha tinha ficado para trás, e venho tentando recuperar, venho esgotando minhas forças a cada dia, mas minha mente nunca me deixa esquecer. É fácil pra quem está de fora, na verdade, acho que ficou fácil pra todo mundo dizer que eu deveria desistir, mas ninguém se preocupava em não tocar na minha ferida e minha mente não se esquecia de trazer de volta a dor durante a noite, todas as vezes que ela era tocada. E aos poucos eu fui me matando, mas não consegui acabar com tudo, afinal, uma parte de mim continua lá atrás.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Pensando ultimamente no que ando fazendo da minha vida, eu sei que é cedo pra isso, talvez até esteja parecendo que quero ser mais adulta do que sou e pensar num futuro e perder o restante da adolescência. Mas é algo que sempre está me perseguindo, enquanto vejo meus pais se afundando em dívidas e levando com eles a felicidade que construímos com coisas pequenas.
Tenho medo de sofrer com isso futuramente, de causar essa preocupação nos meus "agregados" e que eles sintam-se obrigados a colocar o meu fardo nas costas deles e continuar. É difícil escrever sobre isso.
Vejo amigos falando das suas vidas, me chamando pra sair, olhando as roupas e pensando nas minhas. Não, eu não estou passando fome graças a Deus. Mas talvez se tivéssemos menos, eu teria mais paz, minha mãe sorriria mais e meu pai trabalharia menos. Talvez se eu sobrevivesse com a roupa do corpo e uma refeição por dia eu sorria verdadeiramente e viveria mais o hoje.
Como eu disse, eu penso no futuro com medo dessas coisas continuarem acontecendo. Não quero "nadar no dinheiro", mas quero conseguir continuar a valorizar mais um abraço do que uma nota de 20 reais. Quero poder ajudar meus pais a sossegarem um pouco daqui uns anos e parar de dar problemas para eles e é isso que tento enfiar na cabeça do meu irmão todos os dias...

quinta-feira, 12 de julho de 2012

E de repente eu fui perdendo tudo. Lá se foi toda a minha fortaleza e o meu medo do mundo. Lá fora ficou todo o ressentimento e a amargura. Foi pra lá, pra bem longe me deixando e me mostrando pra quem estava por perto. Você. Fui me sentindo nua, ficando envergonhada e constrangida, eu estava perdida. Sem minhas palavras ríspidas frutos do medo, sem minha postura de "firme" para não mostrar meu coração mole. Eu estava sem nada. Você me arrancara de uma rotina, me jogara nua no meio de coisas estranhas. Amor, atenção, carinho, preocupação, amizade, proteção... Me dando beijos e abraços e me obrigando a retribuir da forma mais carinhosa que meus braços enferrujados pudessem, fazendo cara de coitado para eu ficar com o coração apertado e te tratar com o mesmo carinho. Fui sim, fui obrigada a te tratar bem. Mas não por você, por mim, aos poucos o que te machucava fazia mal pra mim, e eu era a única que estava atingindo seu coração.
Aos poucos fui descongelando, conseguindo sentir o coração palpitar quando você estava por perto, as mãos frias quando te encontrava quando não esperava, a preparação para quando sabia que te veria, a decepção quando te perdia no meio da multidão, a preocupação quando você estava doente, o medo de te perder pra sempre e ver seu coração indo embora de uma vez.
E foi bem assim, aos poucos fui te conhecendo, te necessitando, te querendo, te amando.
Renan Rafael da Silva Siqueira ♥

terça-feira, 10 de julho de 2012

"Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de ninguém sem nenhuma razão" - Chico Xavier
Essa frase descreve tão bem o que eu venho aprendendo nesses últimos meses. Foram tantas decepções e tantas provas de carinho e amizade.
Sabe, apesar desse meu jeito todo durão, de menina que fala palavrão e que não poupa ninguém de ouvir suas verdades, eu sempre fui muito sentimental ao ponto de chorar por ciúmes e de querer manter alguém só pra mim.
Entendi o "porque" de algumas pessoas terem passado pela minha vida e terem feito tanta diferença. Foram amores esquecidos e um que machucou, ele me machucou mas me trouxe a cura, me trouxe alguém em quem confiar, e este por sua vez me trouxe amigas maravilhosas, um carinho enorme e eu sem querer levei problemas mal resolvidos pra elas, mas isso passou. Foram muitos amigos e alguns deles que se diziam fiéis se distanciaram e fazem falta, talvez não tenham sido tão fiéis quanto aparentavam, pois ser amigo é ser fiel e prova disso são elas que me aguentam desde 2008, mas estas que foram com o tempo me ensinaram a dar valor nas amizades verdadeiras e ver o quão importantes elas são. E aprendi também e conhecer e conviver com pessoas novas, elas me disseram a mesma coisa que coleguinhas me diziam no começo da primeira série, que eu era legal, mas que no primeiro dia não tinham gostado muito de mim pela minha cara de merda, e me conhecem também pela sinceridade, marca registrada desde quando comecei a falar.
Aprendi também a diferenciar as pessoas, a saber que não existem meninoS canalhaS, existe menino canalha, não existem pessoaS falsaS, existe pessoa falsa, não existe amizade falsa, existe falta de vergonha na cara!
Aos poucos a gente vai aprendendo e vai vendo por quem vale a pena sofrer e lutar. 

domingo, 10 de junho de 2012

Chega ser engraçado como os laços só viram nó depois de muito aperto, não é? E foi assim que a gente virou nó. Foi num momento em que precisávamos ficar juntas pra que uma segurasse a outra e tudo ficasse bem. E ficou, não ficou? Não do jeitinho que a gente queria, mas ficou. E eu fiquei aí e você ficou aqui de um jeito tão grande que nem dá pra ir embora mais. É tão bom se sentir cuidado e admirado por alguém.Te admiro tanto. Te gosto tanto. Fica aqui pra sempre, fica? Assim grande do jeito que você tá. Enorme.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Ela acha mesmo que não dói, que não tenho coração, que a saudade não escorre pelos olhos? 
Sim, eu sinto falta, eu tenho novidades e me vejo ligando pra ela pra contar, até lembrar que não estamos mais nesse nível de intimidade, e isso me lembra que nem nos cumprimentamos mais, e isso me lembra a saudade, a saudade que dói, que escorre pelos olhos. 
Mas o que adianta, se eu sinto o mesmo que ela em relação a isso, algo impede, sempre tem alguma coisa que atrapalha. Conhece aquela história de que não era pra ser? É isso que eu sinto em relação a nossa amizade! Tudo impede, nossos gênios, nosso jeito de falar, nossas amizades, as pessoas ao redor e até o modo como respiramos.
Porra, eu sinto tanto falta, eu choro direto olhando nossas fotos, ai vou olhar as fotos dela, e sabe o que eu vejo? Vejo o meu lugar preenchido, vejo que as amigas dela estão cuidando da minha pequena, e estão fazendo isso bem. 
Eu já não sei mais o que fazer sobre essa história, mas Deus sabe o quanto eu xingo e ao mesmo tempo digo que amo essa coisa!

quarta-feira, 6 de junho de 2012


As brincadeiras começam e nós nos tocamos, uma bagunçada de cabelo, um tapa aqui outro ali, uma mordida no braço, outra nas costas e enquanto isso aproveito a bagunça pra te sentir ali, pra te sentir perto o suficiente pra lembrar do seu cheiro, pra me dar mais saudade do seu abraço, sentir falta do seu rosto quente encostado ao meu. 

Você vira e pede com aquela sua carinha de anjo se pode morder minha nuca, insisto que não, eu sei que isso me trará problemas de insonia, ai você vem, sussurrando no meu ouvido, me pedindo pra deixar, meu coração dispara e eu não paro de rir como uma idiota e você volta a sussurrar no meu ouvido, me lembrando que estamos sussurrando e que eu preciso falar baixo. 

O coração está quase saindo pela boca, me escondo embaixo do travesseiro, você levanta a ponta, encosta a boca no meu ouvido e diz "eu não sei o que dizer" e dá uma risadinha, com o rosto quente encostado ao meu, com seu cheiro me embriagando e eu quase peço pra você me abraçar, mas lembro que tenho que ser forte, pois se quero mudanças preciso fazê-las primeiro.